Revista médica e científica internacional dedicada a profissionais e estudantes de medicina veterinária.
Veterinary Focus

Número da edição 31.3 Nutrição

Mitos na nutrição de gatos

Publicado 30/01/2023

Escrito por Karolina Hołda

Disponível em Français , Deutsch , Italiano , Polski , Español , English e 한국어

Existe uma infinidade de mitos sobre o que deve ou não ser dado a um gato para garantir um estilo de vida saudável. Este artigo visa pôr fim a algumas crenças equivocadas!

O uso diário de um dispensador de alimentos tipo quebra-cabeça proporciona estimulação mental ao gato e ajuda a evitar a ingestão excessiva de calorias

Pontos-chave

A melhor maneira de ajudar na higiene dentária em gatos é combinar métodos ativos e passivos de saúde bucal; um típico alimento seco de manutenção por si só oferece pouco ou nenhum benefício.


A carne de porco é uma fonte adequada de proteínas e gorduras para a dieta felina e, desde que submetida a cozimento, não há contraindicações para incluir esse tipo de carne na alimentação de um gato.


Evite oferecer aos gatos uma quantidade excessiva de petiscos, principalmente restos de comida; os petiscos não devem constituir mais de 10% das calorias diárias de um animal.


Para os gatos, não é recomendada a alimentação ad libitum (i. e., à vontade); em vez disso, o tutor deve medir as porções e oferecer várias refeições em pequenas quantidades e intervalos regulares ao longo do dia.


Introdução

Os gatos são uma das criaturas mais comumente encontradas em fábulas e lendas, sendo muitas vezes retratados como seres misteriosos e de natureza hostil. Por essa razão, talvez não seja de se surpreender a quantidade de histórias confusas, meias-verdades e mitos totalmente falsos sobre as necessidades alimentares reais dos animais dessa espécie. Este breve artigo permite diferenciar alguns mitos da realidade quando se trata da alimentação de um dos nossos pets favoritos.

Karolina Hołda

Os alimentos destinados ao consumo humano certamente não podem nem devem constituir a base da dieta de um animal. Se um tutor realmente quiser dar ao seu gato algo "do seu prato", o clínico deve orientá-lo para garantir que o alimento não contenha ingredientes tóxicos e que todos os petiscos sejam oferecidos com moderação.

Karolina Hołda

MITO – alimentos secos limpam os dentes

É comum a crença de que a alimentação com dieta seca reduza a quantidade de placa bacteriana e tártaro dentário de um gato e que proporcione benefícios significativos à higiene bucal, quando comparada aos alimentos úmidos. Certamente, a mastigação de croquetes duros parece limpar os dentes; à medida que o animal mastiga o alimento seco, os pellets se fragmentam e se desfazem, provocando um pequeno efeito de limpeza mecânica. Além disso, o alimento seco deixa menos resíduos (restos) alimentares na boca para as bactérias presentes na cavidade oral utilizarem como substrato, e a placa bacteriana se acumula mais lentamente. No entanto, muitos animais alimentados com dieta seca continuarão a ter acúmulo abundante de placa bacteriana e tártaro e a sofrer de doença periodontal 1,2portanto, as evidências quanto aos benefícios da alimentação seca não estão claras.

Um estudo demonstrou que os animais de companhia alimentados com alimentos tenros (i. e., macios) tiveram mais gengivite e placa, quando comparados com aqueles que receberam alimentos mais duros 3. Em outro estudo, em que se comparam as dietas caseiras com os alimentos comerciais (úmidos e/ou secos), verificou-se que a probabilidade de apresentar problemas de higiene bucal era maior em gatos alimentados com dietas caseiras e que o oferecimento de dietas comerciais (em comparação com receitas caseiras) era significativamente benéfico quando o alimento seco constituía pelo menos parte da alimentação 4. Em outro estudo, também se demonstrou uma diminuição do tártaro e uma menor gravidade da doença periodontal, juntamente com uma redução na linfadenopatia, em gatos alimentados com uma dieta seca, em comparação com aqueles que receberam alimentos macios (caseiros ou comerciais) 5. Por outro lado, outros estudos demonstraram que o acúmulo de placa e tártaro com os alimentos úmidos é semelhante ao dos alimentos secos típicos de manutenção 1,6. É importante ressaltar que os alimentos comerciais secos geralmente se fragmentam nas bordas (margens) dos dentes incisivos, o que é de pouca ou nenhuma utilidade para melhorar a higiene bucal, uma vez que os depósitos de placa e tártaro nas bordas gengivais e nas áreas subgengivais (ou seja, as regiões mais importantes para a saúde bucal) permanecem inalteradas 7,8.

Considerando que dois terços dos gatos com mais de dois anos de idade apresentam sinais de doença periodontal 5, não é nenhuma surpresa que alimentos secos comerciais tenham sido desenvolvidos para gatos adultos, com maior capacidade comprovada de limpeza bucal, quando comparados com os alimentos secos típicos de manutenção. Essas “dietas dentárias” têm uma consistência que maximiza o contato com os dentes, de tal modo que os croquetes possuem formato, tamanho e textura especificamente projetados para ajudar no controle da placa bacteriana e do tártaro dentário 9. Muitas dietas dentárias também contêm determinados ingredientes que ajudam a prevenir o acúmulo de placa e tártaro e, de fato, os produtos aprovados pelo VOHC®* demonstraram ter efeitos benéficos sobre a saúde bucal.

* Veterinary Oral Health Council (Conselho Veterinário de Saúde Bucal)

As dietas dentárias, bem como os suplementos e petiscos especificamente projetados para a limpeza dos dentes, constituem métodos passivos de higiene bucal, ao contrário dos métodos ativos, em que o tutor remove a placa bacteriana através da escovação dos dentes e/ou da aplicação de géis na cavidade oral. Os métodos passivos por si só não mantêm a gengiva clinicamente saudável, já que os animais não usam todos os seus dentes ao mastigar um produto odontológico – e até mesmo para os dentes que entram em contato com o produto, nem todas as superfícies dentárias estão envolvidas na ação de mastigação; assim, muitas áreas da boca são negligenciadas. Na verdade, a ação passiva dos produtos dentários mastigáveis é mais efetiva nos pré-molares, pois o animal utiliza principalmente esses dentes para morder (Figura 1), enquanto os métodos ativos são mais eficazes nos incisivos e caninos, uma vez que o tutor tem mais facilidade de acesso aos dentes da frente 10

Um gato com barra mastigável usa principalmente seus dentes pré-molares para mastigar

Figura 1. Um gato com barra mastigável usa principalmente seus dentes pré-molares para mastigar.
Créditos: Shutterstock

O melhor método de manutenção da higiene bucal ainda é escovar os dentes diariamente, o que reduz a quantidade de placa bacteriana, embora isso possa ser um grande desafio para muitos tutores (Figura 2). Embora a ideia de que a dieta seca ajuda a limpar os dentes seja atrativa, parece que a maioria dos alimentos secos de manutenção por si só não reduz significativamente o risco de doença periodontal. Determinados produtos odontológicos podem ter alguns benefícios, mas devem ser produtos que também atuem sobre as áreas subgengivais. Ao recomendar produtos odontológicos nutricionais aos clientes, é preferível escolher aqueles que atendam às elevadas exigências do VOHC® 11Em última análise, a melhor maneira de manter a saúde bucal do gato envolve a combinação de métodos ativos e passivos por meio de cuidados odontológicos veterinários regulares que começam com uma excelente comunicação entre o clínico e o tutor do gato!

A escovação diária dos dentes é um método ativo para manter uma boa higiene bucal

Figura 2. A escovação diária dos dentes é um método ativo para manter uma boa higiene bucal.
Créditos: Philippe Hennet

MITO – os gatos não devem comer carne de porco

A carne de porco é uma boa fonte de proteínas e aminoácidos essenciais, mas existe um mito comum de que esse tipo de carne não deve ser oferecido aos gatos. Sem dúvida, a carne de porco tem um alto teor de gordura, e isso deve ser levado em consideração ao utilizá-la como base ou ingrediente principal para uma dieta. O porco é um componente muito utilizado em alimentos comerciais secos e úmidos ¾ sob a forma de carne, pele, gordura, vísceras (i.e., miúdos) ou farinha ¾ pois serve como fonte de proteína concentrada. A má reputação da carne de porco está relacionada principalmente com um vírus da família Herpesviridae que causa a doença de Aujeszky (também conhecida como pseudorraiva). Embora seja uma enfermidade infecciosa encontrada em animais de criação e selvagens, especialmente suínos, os gatos (e cães) podem contrai-la através da ingestão de carne de porco contaminada crua 12Os animais afetados desenvolvem sinais que basicamente estão relacionados com o sistema nervoso: paresia, paralisia e prurido intenso que leva à automutilação. Embora os seres humanos não sejam suscetíveis à infecção por esse vírus, a doença infelizmente é fatal em gatos.

O controle da doença de Aujeszky é geralmente realizado pelo serviço de saúde animal de cada país através do monitoramento contínuo da enfermidade nas granjas de suínos, com a obtenção de amostras de sangue aleatórias para testes. Atualmente, o número de surtos notificados está em constante declínio, e muitas regiões europeias foram oficialmente declaradas livres da doença. No entanto, de acordo com o European Advisory Board on Cat Diseases (Comitê Europeu de Especialistas em Doenças de Gatos) 13, a incidência da infecção causada pelo vírus da doença de Aujeszky em javalis pode ser alta na Europa Ocidental (Figura 3), e esse vírus ainda é encontrado esporadicamente em cães de caça, embora isso por si só não represente um maior risco de contaminação dos alimentos para gatos por esse agente.

Cabe assinalar a importância de cozinhar toda a carne de porco antes de oferecê-las aos pets, pois isso destrói o vírus e torna a carne mais segura para o consumo. Contudo, a autora desaconselha alimentar os gatos com produtos suínos destinados ao consumo humano; isso se deve ao fato de que todos os tipos de presuntos, linguiças, salsichas e embutidos, apesar de serem fabricados a partir de carne suína cozida, costumam ter alto teor de gordura, além de terem conservantes, como nitrito de sódio e fosfatos, em sua composição, substâncias potencialmente nocivas aos animais. Em suma, os produtos de origem animal altamente processados da alimentação humana não constituem um petisco saudável para um gato doméstico.

Os javalis são comuns em certas partes da Europa Ocidental e podem atuar como reservatórios do vírus da doença de Aujeszky

Figura 3. Os javalis são comuns em certas partes da Europa Ocidental e podem atuar como reservatórios do vírus da doença de Aujeszky.
Créditos: Shutterstock

MITO – servir alimentos humanos não faz mal aos gatos

A maioria dos tutores sabe que alguns alimentos para consumo humano podem ser tóxicos para cães e gatos – por exemplo, cebola e alho (frequentemente utilizados em molhos culinários), ou passas e chocolate que – embora comumente consumidos por humanos como um doce – podem ser tóxicos e até fatais para os pets. Tampouco é recomendável alimentar nossos pets com restos de comida por uma série de razões. A alimentação humana costuma ser muito condimentada (por exemplo, com sal, pimenta ou outras especiarias), e os alimentos processados prontos para consumo (conforme mencionado anteriormente) também contêm componentes que podem afetar negativamente a saúde animal. Além disso, a alimentação humana costuma ter alto teor de gordura e, portanto, ser rica em calorias e desbalanceada em relação às necessidades nutricionais de um gato. Os alimentos destinados ao consumo humano certamente não podem nem devem constituir a base da dieta de um animal. Se um tutor realmente quiser dar ao seu gato algo "do seu prato", o clínico deve orientá-lo para garantir que o alimento não contenha ingredientes tóxicos e que todos os petiscos sejam oferecidos com moderação. É importante recomendar ao tutor que a quantidade de petiscos entre as refeições não ultrapasse 10% da dose calórica diária; caso contrário, isso levará rapidamente ao desenvolvimento de obesidade. Além disso, esses petiscos podem desbalancear o alimento principal, podendo causar deficiências ou excessos de alguns nutrientes.

O tutor precisa estar ciente de que a alimentação humana também não é recomendada por questões comportamentais. Quando os gatos aprendem que conseguem obter algo saboroso do tutor, eles imploram por mais comida e/ou se recusam a comer seu alimento básico ou principal na esperança de conseguir algo “melhor”. Também vale a pena advertir que qualquer membro da família pode inadvertidamente ter um mau hábito capaz de estimular e encorajar esse comportamento felino – por exemplo, crianças ou avós podem alimentar secretamente o gato toda vez que eles abrem a porta da geladeira para pegar leite para um café ou chá (Figura 4).

Qualquer membro da casa pode ter o mau hábito de alimentar o gato toda vez que se dirige à geladeira. Isso pode fazer com que o gato se acostume a conseguir alimentos toda vez que ouvir a porta da geladeira se abrindo

Figura 4. Qualquer membro da casa pode ter o mau hábito de alimentar o gato toda vez que se dirige à geladeira. Isso pode fazer com que o gato se acostume a conseguir alimentos toda vez que ouvir a porta da geladeira se abrindo.
Créditos: Shutterstock

MITO – “É apenas um quilo a mais”

A obesidade é um fenômeno incrivelmente comum nos pets por vários motivos, e um deles, não menos importante, é porque os tutores comparam o excesso de peso de seu gato com a sua própria condição. Se uma pessoa ganha um único quilo a mais, a diferença fisiológica é mínima; no entanto, para um gato, com um peso de 5 kg, engordar "apenas" 1 kg a mais significa um aumento de 20% de seu peso corporal, colocando-o na categoria de obeso. Nessa circunstância, vale a pena explicar ao tutor qual seria a equivalência dessa porcentagem no ser humano, a fim de conscientizá-lo sobre sua percepção distorcida – por exemplo, se uma mulher que pesa em torno de 55 kg ganhasse 20% a mais (11 kg), a diferença em seu peso corporal certamente seria evidenciada. Uma boa solução para ajudar a orientar os tutores em relação aos alimentos extras consiste em colocar um cartaz ou pôster na sala de consulta da clínica veterinária, mostrando o teor calórico dos petiscos mais oferecidos aos gatos, juntamente com a equivalência de seu conteúdo calórico para os humanos (Figura 5). Dessa maneira, é possível transmitir a mensagem de que, para um gato, um pequeno pedaço de queijo equivale a um hambúrguer duplo para uma pessoa, e não se pode deixar de ressaltar que, tal como indicam as pesquisas, a superalimentação (ou seja, ad libitum e petiscos) e a falta de atividade física são as principais causas de obesidade em gatos 14.

Figura 5. Contribuição dos petiscos para a ingestão diária de energia

Quando um tutor oferece petiscos, além da alimentação diária, isso aumenta de forma drástica a ingestão energética diária total*. Isso pode causar o ganho de peso em gatos que já recebem sua dieta de manutenção e retardar/interromper/reverter a perda de peso em gatos sob um programa de controle de peso. Abaixo estão alguns exemplos que ilustram o efeito potencial de petiscos sobre o consumo alimentar.

Créditos: Marianne Diez – Veterinary Focus Special Edition “Tackling obesity in cats”

  Quantidade Ingestão energética (em kcal)
Excesso no aporte energético diário*
*Para um gato de 4 kg / com base em 200 kcalpor dia
  2 colheres de 15 mL de queijo magro 54  21%
  2 colheres de 15 mL de iogurte 41  16%
  100 mL de leite integral 58  23%
 
25 g de nata 96  38%
  25 g de atum (em salmoura) 28  11%
  43 g de patê de fígado  154  61%
  25 g de fígado 30  12%
  30 g de capa de presunto 255  101%
  60 g de cream cheese gordo 62  25%

 

MITO – um gato deve ter acesso constante aos alimentos

Muitos gatos têm à disposição o alimento seco em uma tigela durante todo o dia (muitas vezes, sem medir a porção diária da devida forma) e recebem o alimento úmido em determinados horários. Essa forma de alimentação normalmente se deve à impossibilidade logística do tutor de estar em casa e poder oferecer ao seu gato pequenas refeições várias vezes ao dia. Lamentavelmente, esse método de alimentação resulta na impossibilidade de o tutor controlar de forma adequada quanto o gato consome. O alimento seco é um produto com uma alta concentração de energia; portanto, um pequeno volume de croquetes fornece muitas calorias. Muitos tutores esperam que seu pet saiba “quanto ele precisa comer”, mas na maioria dos casos, os gatos comem mais do que necessitam, e o excesso de energia leva à obesidade 15Além disso, muitos gatos comem demais por tédio, pois seus tutores não lhes proporcionam enriquecimento ambiental suficiente ou atividade lúdica ativa.

Os alimentos secos não têm a mesma consistência nem o valor calórico dos alimentos consumidos pelos gatos na natureza; o primeiro tipo fornece a energia e os nutrientes necessários em uma porção relativamente pequena. Isso significa que alguns gatos continuam com fome mesmo depois de comer uma quantidade de alimento seco suficiente para atender às suas necessidades nutricionais. A situação é diferente com os alimentos úmidos ¾ que, em geral, são quatro vezes menos calóricos, pois possuem um teor de umidade em torno de 80%. Isso torna a superalimentação de um gato muito mais difícil. Aspectos econômicos e práticos também entram em jogo: os alimentos úmidos têm um custo mais alto por caloria; portanto, é improvável que os tutores ofereçam mais do que o gato precisa. Por fim, como os alimentos úmidos estragam rapidamente, é mais provável que os tutores sirvam pequenas porções em horários estabelecidos ao longo do dia.

Em particular, os tutores de gatos com tendência ao excesso de peso e à obesidade devem evitar o fornecimento de alimentação ad libitum, e a quantidade diária de alimento deve ser medida com precisão em balanças de cozinha e, depois, dividida em várias refeições. É preferível oferecer as refeições com regularidade (ou seja, em horários fixos durante o dia) e não apenas uma única vez na tigela ¾ brinquedos interativos dispensadores de alimentos também devem ser utilizados diariamente, pois podem contribuir para um padrão alimentar mais lento e uma ingestão calórica reduzida, além de proporcionar ao gato uma estimulação mental útil (Figura 6).

O uso diário de um dispensador de alimentos tipo quebra-cabeça proporciona estimulação mental ao gato e ajuda a evitar a ingestão excessiva de calorias

Figura 6. O uso diário de um dispensador de alimentos tipo quebra-cabeça proporciona estimulação mental ao gato e ajuda a evitar a ingestão excessiva de calorias.
Créditos: Shutterstock

Considerações finais

Pode ser surpreendente a quantidade de clientes atendidos pelo médico-veterinário com opiniões equivocadas sobre o que o gato deve ou não comer ¾ no entanto, esses tutores seguem suas crenças pensando que estão fazendo o melhor para o seu pet. Manter uma comunicação clara e sem pressa entre o médico-veterinário e o tutor, juntamente com o uso de material educativo apropriado, pode ajudar a desfazer esses mitos em muitos casos e garantir a recomendação da melhor nutrição possível para o gato.

Referências

  1. Harvey CE, Shofer FS, Laster L. Correlation of diet, other chewing activities and periodontal disease in North American client-owned dogs. J. Vet. Dent. 1996;13:101-105.

  2. Logan EI. Dietary influences on periodontal health in dogs and cats. Vet. Clin. North. Am. Small. Anim. Pract. 2006;36:1385-1401.

  3. Watson AO. Diet and periodontal disease in dogs and cats. Aust. Vet. J. 1994;71(10):313-318.

  4. Buckley C, Colyer A, Skrzywanek M, et al. The impact of home-prepared diets and home oral hygiene on oral health in cats and dogs. Brit. J. Nutr. 2011;106(0):S124-S127.

  5. Gawor JP, Reiter AM, Jodkowska K, et al. Influence of diet on oral health in cats and dogs. J. Nutr. 2006;136:2021S-2023S.

  6. Boyce EN, Logan EI. Oral health assessment in dogs: study design and results. J. Vet. Dent. 1994;11:64-74.

  7. Westfelt E, Rylander H, Dahlen G, et al. The effect of supragingival plaque control on the progression of advanced periodontal disease. J. Clin. Periodontol. 1998;25:536-541.

  8. Niemiec BA. Periodontal therapy. Top. Companion. Anim. Med. 2008;23:81-90.

  9. Logan EI, Finney O, Herrerren JJ. Effects of a dental food on plaque accumulation and gingival health in dogs. J. Vet. Dent. 2002;19(1):15-18.

  10. Niemiec B, Gawor J, Nemec A, et al. World Small Animal Veterinary Association Global Dental Guidelines. J. Small Anim. Pract. 2020;61(7):E120-E125. 

  11. Nemec A. The VOHC® seal – what does it mean? Vet. Focus website (https://vetfocus.royalcanin.com/en/scientific/the-vohc-seal-what-does-it-mean) 2021.

  12. Thiry E, Addie D, Belák S, et al. Aujeszky’s Disease / Pseudorabies in Cats: ABCD guidelines on prevention and management. J. Feline Med. Surg. 2013;15(7):555-556.

  13. European Advisory Board on Cat Diseases Web site. Aujeszky‘s Disease – Pseudorabies in cats. Available at: http://www.abcdcatsvets.org/aujeszkys-disease-pseudorabies/ Accessed April 30, 2021

  14. Kienzle E, Bergler R. Human-animal relationship of owners of normal and overweight cats. J. Nutr. 2006;136(7):1947S-1950S.

  15. Rowe E, Browne W, Casey R, et al. Risk factors identified for owner-reported feline obesity at around one year of age: dry diet and indoor lifestyle. Prev. Vet. Med. 2015;121(3-4):273-281.

Karolina Hołda

Karolina Hołda

A Dra. Hołda se formou na Universidade de Ciências da Vida de Varsóvia, na Polônia, e continuou seus estudos na Faculdade de Medicina Veterinária de Ghent. Leia mais

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